A orientação agora é fazer uma análise maior dos espaços que escolhemos, vendo onde há mais e menos interação - e o que influencia ou atrapalha essa interação - e começar a pensar o que queremos que nosso objeto faça ou transmita.

DIFERENÇAS DIA X NOITE 

Durante o dia, o uso da pracinha é mais local, feito pelos próprios moradores do bairro. As áreas mais usadas nesse período são o parquinho, a quadra e alguns bancos. Já durante a noite, principalmente a partir de quarta-feira, a taxa de ocupação do espaço aumenta, já que, com a chegada das barraquinhas e food trucks, é comum que moradores de outros bairros vão comer lá, sobretudo após o expediente (17h - 20h). A quadra e o parquinho seguem muito ocupados. 






ABERTURA PARA A INTERAÇÃO

Apesar de na praça existirem bastantes bancos para sentar, além das próprias mesas e cadeiras dos food trucks, há muitos espaços vazios. É importante que em praças existam espaços livres, para que os pedestres possam caminhar, mas como nessa praça a área livre é extensa, a instalação de mais alguns bancos/locais de descanso não atrapalha a passagem. Outra coisa que notei é que pode ser que os bancos não sejam muito confortáveis, já que vi pessoas mais velhas que preferiam levar sua própria cadeira (de praia) a se sentar neles. Esse vazio tão amplo parece impedir a interação, já que dificilmente pessoas que não se conhecem vão simplesmente parar em pé e conversarem, sem nenhum incentivo. Talvez, a instalação de estruturas mais abstratas do que bancos de praça seria interessante, como o bloco de concreto que Hertzberger cita no livro, porque eles não tem um uso já engessado, tão pré determinado como os bancos (principalmente com encosto e braço) têm.


Os locais nos quais mais parece haver interação entre as pessoas (que aparentemente já não se conhecem) são a quadra e o parquinho. Percebi que esses dois espaços têm duas características em comum, que podem ajudar na interação. A quadra, apesar de ser um espaço amplo, apresenta elementos simples - linhas pintadas, gol e rede de basquete - que incentivam o esporte, e, consequentemente, contato interpessoal. Mesmo que ocasionalmente seja possível perceber alguém jogando sozinho ou em dupla, na maioria das vezes a quadra é ocupada por grupos grandes, em torno de 10 a 20 pessoas. Já o parquinho é dotado de características diferentes, mas igualmente interessantes.Seu chão, feito de areia, por si só já seria um prato cheio para as crianças, que brincam de cavar, fazer castelinhos e até de jogar a areia pra cima. Além disso, os brinquedos podem ser usados de diversas formas. De fato, a maioria dos brinquedos de parques infantis já possuem uma função pré determinada, mas isso nunca impediu os pequenos de escalarem um escorregador, por exemplo. Vale destacar também o fato de existirem poucos brinquedos no parquinho (um balanço, um escorregador e dois trepa-trepas), de modo que as crianças acabam precisando interagir entre si, o que talvez não aconteceria tanto se o leque de opções para brincar fosse maior.


ESPAÇOS VAZIOS



ESPAÇOS GERALMENTE VAZIOS OCUPADOS COM ATRAÇÕES QUE PROMOVEM A INTERAÇÃO

PARQUINHO 












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